segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um fato histórico

 Inegavelmente, o cristianismo conviveu com todas essas práticas do paganismo romano. Apesar disso, não é exato dizer que o Natal teve uma origem pagã. A origemdo Natal é o nascimento de Cristo. As Saturnálias e festividades a Mitra é que foram substituídas pelas comemorações cristãsdo Natal, que se tornaram muito mais verdadeiras e lógicas aos olhos daquelesque iam se convertendo ao evangelho. Foi uma transferência automáticado culto aos deuses para adoração do verdadeiro Sol da Justiça, como diz Malaquias: "Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da Justiça, e cura trará nas suas asas e saireis e saltareis  como bezerros da estrabaria"(4.2)
  Antes de se comemorarem o Natal em 25 de dezembro, o evento já era observado em 2 de janeiro até o século terceiro, por força de Hipólito, bispo romano, o que não impedia a cristandade devoutras regiões escolherem datas. Assim, 6 de janeiro, 25 e 28 de março,18 ou 19 de abril e 20 de maio eram datas natalinas em diversas localidades cristãs. Com passar do tempo e a expansão do cristianismo, autoridades eclesiásticas acharam por bem unificar as datas, aproveitando-se de uma tradiçãoque jávinha sendo observada em Roma. Foi a partir doano 354 d. C.que o dia 25 de dezembro ficou definitivamnete no calendário mundial como o dia de Natal.
Alguns estudiosos sustentam que a escolha não foi automática, nem pegou "carona" num tradição popular, mas uma estratégia aplicada pelos líderes cristãos para ofuscar o paganismo, visto que era uma ameaça difícil de combater e que rivalizava como cristianismo em popularidade. Sabiamente, os cristãos teriam trocado o objetodoculto, transferindo a adoação a Mitra e as homenagens a Saturno pela contemplação do menino Jesus  na manjedoura e a alegria por ter nascido do Salvador dos homens. A verdade,como na maioria dos fatos  históricos, é dificil de precisar, maso importante é que o cristianismo venceu o paganismo e a verdade do nascimento de Cristo prevaleceu entre os povos (inclusive não-cristãos),numa demosntração insofismável de que Deus está no comando da história,poiso que interessa é o fato, não a festa.
  A controvérsia quanto á validade de aproveitar uma data com antecedentes no paganismo para instituir as comemorações natalinas é muito antiga. Houve muitas proibições de se comemorar  o Natal (principalmente no dia25 de dezembro), através da história da Igreja. Na Inglaterra (séc. XVIII), o primeiro ministro Oliver Cronwell assinouum decreto proibindo as festas alusivas ao Natal. Essa proibição foi abolida em 1660 pelo rei Carlos II, mas os cristãos adeptos do puritanismo não abriram mão,imigraram para a América do Norte e permaneceram firmes contra contra as festividades natalinas. Essa posição espalhou-se por alguns Estados norte-americanos, como Massachutssetts, que cobrava multa de cinco shellins aosrenitentes. Nos Estados Unidos, o Natal sófoi totalmentereconhecido em1858, depois da grande onda de imigrações européias,predominando irlandeses e alemães.Mesmo assim,o Natal só passou a ser feriado nacional depois de 1870 (Paradigmas, p.110)
  Pode-se observar que as festas natalinas têm uma origem controversa, uma mistura de diversas tradições e símbolos incorporados ao longo da história. Apesar disso, as comemorações do Natal acabaram sendo moldadas numa celebração que se tornou a única emtodo omundo capaz de deter as batalhas, num armistício para reconhecer e saudar o Princípe da Paz. Por si só esse fato ofusca quaisquer discussões sobre a validade de se comemorar ou não o natalício de Jesus, mesmo porque, nestas alturas, toda discordância é vã diante da contribuição que cada cultura proporcionou ás festividades com suas lendas particulares, tomando essa festa umpatrimônio dahumanidade. Como tal, não é justa a tentativa de invalidar a sua legitimidade enfatizando fatos  históricos que lhe foram oportunos,ainda mais essa oportunidade foi determinante para o mundo reconhecer o senhorio de JESUS, embora possa não aceitá-lo.

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